Seguindo o padrão da autora, este livro tem o ponto de vista contado em primeira pessoa por dois personagens, sendo eles Lucy e Graham, duas pessoas completamente opostas. Mas desta vez, só um deles sendo uma pessoa “quebrada”. Os outros três livros da autora trouxeram personagens com fantasmas interiores, traumas e uma busca por algo que pudesse tira-los daquele abrismo em que as pessoas costumam ficar quando estão em sofrimento, mesmo que por muitos anos.
A Força, mudou um pouco o caminho que costumava ser percorrido nos outros livros da série, pois apenas Graham é uma pessoa ferida, ao passo que Lucy é uma mulher que transborda felicidade, mesmo que tenha problemas familiares (como todo mundo), não chega a ser a razão de uma ferida profunda na alma, como o machucado de Graham.
Graham é um escritor famoso, que mal possui sentimentos, em
razão dos maus tratos de seu pai (também escritor famoso) e bêbado, que com
suas atitudes impensada e sua rispidez, acabou mudando a personalidade de seu
filho, que cresceu fio e com medo de se machucar, trancando seu coração.
“Sentimentos eram uma coisa estranha; as pessoas podiam ficar tristes em um segundo e felizes no outro. O que mais me surpreendia era como, de vez em quando, elas sentiam as duas coisas ao mesmo tempo.”
Lucille (Lucy) foi criada com duas irmãs por uma mãe
hippie que vivia se mudando de casa, e nunca teve uma vida estável, o que
acabou gerando desconforto em uma das irmãs, Lyric, que após a morte de sua
mãe, se mudou de casa assim que teve a oportunidade, deixando Lucy e Mari.
No começo do livro, vemos Mari lutando contra um câncer e
sendo abandonada por seu marido, que não aguentava mais ver a luta de sua
mulher contra a doença, e mais uma vez Lucy e Mari acabam ficando sozinhas,
pois Lyric se recusava a ajudar, não de forma financeira, mas oferecendo ajuda pessoal
e familiar.
Após isso temos o primeiro capítulo de Graham, escritor
sem muitos sentimentos, casado com Jane, uma mulher que também não possuía muitos
sentimentos, um casal que parecia perfeito, entretanto Jane havia engravidado,
o que não era a vontade de nenhum dos dois, mas a barriga de Jane estava ali
para lembrar Graham que teria que ser um bom pai, mesmo sabendo que era uma
pessoa ruim quando se tratava de dar amor.
As vidas de Graham e Lucy se encontram no funeral do pai
de Graham, que foi uma cerimônia muito grande, por ser um autor muito
conhecido. Lucy foi levar flores de sua floricultura e Graham, fazer um
discurso, o qual não queria fazer.
Lucy fica presa ao passar por uma porta que só abre do
lado de fora, e Graham acaba entrando por ela e ficando preso ali com o seu
oposto. A conversa que ambos tem, só acaba surgindo por causa de Lucy, que não
consegue parar de falar, mas o momento que a conversa acaba e alguém os
encontra presos é o momento mais surpreendente, que acredito que será um
spoiler, então não contarei aqui na resenha!
Após alguns acontecimentos, a bebê de Graham nasce,
entretanto, com problemas por ser prematura, o que acaba abalando ambos e
levando Jane a ficar desempregada. Alegando nunca querer isso, Jane foge,
deixando uma carta de despedida para Graham e o abandonando com a pequena bebê
na UTI.
A vida de Graham e de Lucy acaba se cruzando novamente, e
Lucy decide ajudar Graham com a pequena Talon, e ambos acabam descobrindo
sentimentos e derrubando barreiras em meio ao desafio de criar uma bebê
abandonada pela mãe, que pode retornar a qualquer momento para exigir seu
direito.
Minha Opinião
Diferente dos outros livros da série, achei este livro
mais leve, muito mais leve do que os outros livros, mas também achei ele um
amorzinho.
Lucy é uma hippie cheia de amor, que aos poucos podemos
notar que transborda felicidade por onde passa, e Graham é um homem duro, cheio
de fantasmas, o oposto de Lucy, mas podemos perceber de forma muito clara a
mudança do personagem durante o livro. Brittainy soube desenvolver bem os
avanços que o personagem sofreu no desenvolver da história e achei isso bem
legal.
Lucy menciona por diversas vezes os elementos da natureza,
o que achei bem legal, faz referencia aos demais livros da série, e também tem
tudo a ver com a personalidade da personagem.
“— Ar acima de mim, terra abaixo de mim, fogo dentro de mim, água ao meu redor, eu me torno espírito.”
Existem várias referencias sobre a terra também, que é o
elemento deste ultimo livro. Lucy é florista e gosta de plantar.
Outra coisa que preciso destacar é que a capa não tem
nada a ver com o livro, se fosse para escolher eu não escolheria ela! O físico do
Graham mal é falado no livro. Não que a capa seja feia, claro que não é, mas
não consegui conectá-la a estória.
FONTE. |
A única coisa que não gostei muito no livro foi o final
corrido, assim como O Silêncio das Águas, o livro A Força que Nos Atrai
apresentou um final muito rápido com pouco desenvolvimento, ao contrário de
todo o enredo do livro, que foi bastante detalhado. Acredito que o final também
deve ser bem explicado, não deixando um buraco vazio em certos acontecimentos,
o que eu vi acontecendo neste livro. É como se alguém te mostrasse apenas o
resultado de alguma coisa, sem te mostrar como chegou a ele.
Mas eu gostei muito do livro, li ele bem rápido e gostei,
confesso que lacrimejei em algumas partes e que ri em outras! Me apaixonei pela
Lucy e pela personalidade dela, acredito que muitas pessoas também vão se
apaixonar por ela.