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| Foto: Livros que Li |
Raquel é uma adolescente de 16 anos, cultiva uma amizade forte com um garotinho de 6, chamado Gabriel. Apesar da diferença de idade, ambos partilham de muitos momentos. Inclusive, a rotina maçante do hospital, porque ambos foram diagnosticados com leucemia.
Quando Raquel pensava que seus dias de quimioterapia seriam os piores e seu fim, Gabriel aparece e, de alguma forma, ilumina sua vida, é assim que eles se tornam melhores amigos, os mais sinceros e mais singelos companheiros de luta pela sobrevivência, que entendem pelo que cada um tem de enfrentar. Só que mesmo assim, a vida ainda parece muito complexa e os obstáculos que surgem no decorrer dos dias dos dois amigos não são fáceis.
"Essa é a história de uma garota que deixou de ser a menina invisível do colégio e se tornou a garota com câncer."
Raquel e Gabriel têm que enfrentar, por exemplo, a falta de amigos, a incompreensão da mãe do menino perante a amizade que eles possuem, a rotina triste e pesada do hospital, além de dores e olhares piedosos.
Apesar de tudo, os dois tentam manter o laço que possuem através da observação de pores do sol, estudar o formato das nuvens no céu, lendo livros, assistindo Adventure Time e, principalmente, mantendo a esperança de que a vida é repleta de fins e recomeços.
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| Foto: Livros que Li |
Minha opinião:
Os Últimos Dias é um nacional com uma história cativante. O livro possui capítulos curtos e uma narrativa que flui com muita facilidade, mas o que mais me chamou atenção foi a sinopse que revela um pouco da história emocionante que eu pude conhecer. Não é só uma história sobre pessoas que lutam contra uma doença cruel, mas é um livro que em suas poucas páginas nos leva a pensar sobre as pequenas coisas que fazemos, sobre o que valorizamos ou deixamos de valorizar.
"Dê-me força, grande estrela! Espero que o seu brilho intenso faça que eu veja um futuro não tão triste. No hospital, aprendi a não pensar muito no futuro; o que me interessa é o agora."
Acompanhar a rotina de Raquel e Gabriel me fez ficar tocada por perceber a força que eles transmitiram durante a história, são personagens que despertam a empatia no coração do leitor e, realmente, nos conquista ao passar de cada página.
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| Foto: Livros que Li |
O livro é envolvente, nos faz amar cada personagem e suas peculiaridades. Além de criar admiração pela escrita elogiável de Bela Dias, eu me senti super lisonjeada de poder ter contato com uma história escrita por uma autora nacional e jovem como eu. Sabe aquele sentimento que surge quando, depois de uma leitura ótima, o livro te deixa com um suspiro e repleta de sentimentos, mas principalmente de esperança no agora e no futuro? Pois então, essa foi a minha sensação final. Esperança. Afinal, com ela, podemos mudar muitas coisas, inclusive a nós mesmos.
O livro foi enviado pela própria autora e ela fez questão de autografar e deixar uma mensagem amorzinho. Além disso, o exemplar é muito bem trabalhado visualmente, o que me deixou ainda mais empolgada para realizar a leitura.
Por fim, aproveito para indicar Os Últimos Dias para todos que se interessam por histórias emocionantes, como A Culpa é das Estrelas ou Me and Earl and the Dying Girl. Não deixe de ler! Aposto que não vai se arrepender. Além de ler um ótimo livro, você vai valorizar os autores do nosso Brasil.
SOBRE A AUTORA:
BELA DIAS nasceu em Rio Verde, uma cidade no interior de Goiás, em 1997. Atualmente, vive em Goiânia com seus pais e a irmã mais nova. Ingressou em 2016 no curso de Design Gráfico na Universidade Federal de Goiás. Foi durante sete anos filha única. A união disso a uma infância no interior resultou em uma imaginação extremamente aguçada. Cria histórias a todo momento, seja por escapismo ou por mero devaneio. De alguns anos para cá, decidiu transcrever essas histórias que antes só existiam em seus pensamentos. Por isso se define como uma contadora de histórias. Acredita que essa é uma das suas missões aqui na Terra. Vê‑se praticamente obrigada a contar, compartilhar e inventar histórias. (Fonte)
